Quem é você que não sabe o que diz,
Que vive a escrever essas mazelas,
A louvar as putas de uma Paris
Que só conhece de fotonovelas ?
Se aí foi enfiar o seu nariz
(que deve ser que nem uma salsicha)
É porque conhece bem este assunto,
Da vida de michê e meretriz,
De "trottoir", de gigolô e bicha,
E da sordidez que sempre vem junto.
Não existe nada de mais deprimente
Que ver se rebaixar a brasileira,
Ajoelhada e subserviente,
Vir aqui babar a puta estrangeira !
Fruto de espírito muito carente,
De ex-escrava e eterna colonizada,
Essa sua ode às putas da França
Não apenas é um texto indecente,
Como é a certidão assinada
Daquilo que vive em sua lembrança.
Um tipo assim de perua nojenta,
Recalcada por ter nascido aqui,
Encalhada na praia dos cinqüenta,
É o tipo da mulher-abacaxi
Que aqui na Usina ninguém mais agüenta !!
Pega todos os seus textos maçantes,
Aproveita que é finzinho de inverno,
Faz uma fogueira prá ver se esquenta
Essas suas carnes bruxuleantes
E vai, MILENE, vai ARDER no inferno !!!!!