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Cordel-->O PAÍS DO FAZ -DE- CONTA -- 17/09/2004 - 12:22 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

O País do Faz-de-Conta
(por Domingos Oliveira Medeiros)


Candidato a candidato
É tempo de eleição
Vão surgindo os boatos
Começa a perseguição
Dossiês apresentados
Candidatos maculados
São expulsos da seleção

Os partidos se prepararam
Em busca da coligação
Namoros e aconchegos
Nenhuma consideração
Em relação a quem vota
No povo que lhes devota
Grande admiração

E os casais são formados
Sem nenhuma coerência
Direita com a esquerda
Não existe preferência
A ética vai para o lixo
Prevalecendo o capricho
E falta de consciência

A mídia não dá moleza
Segue de perto a eleição
Aos poucos vai definindo
A primeira colocação
Entra no jogo a pesquisa
Vestindo a sua camisa
Fabricando opinião

Se o pleito fosse agora
Formula-se a indagação
Em quem você votaria?
Para presidir a nação?
Respondem os eleitores
Os verdadeiros atores
Dando a sua sugestão

E assim, toda semana
Nos jornais, sai publicado
A preferência do povo
Publica-se o resultado
Surgem alguns favoritos
Entre todos os inscritos
O povo desconfiado

O sobe-e-desce acontece
Para cima e para baixo
Aos poucos desaparece
O candidato sem rima
O último colocado
O menos classificado
Que com ninguém se afina

Ficaram os favoritos
Muitos são de oposição
Outros de centro-esquerda
No meio, a indecisão
O pleito no curso normal
Candidato oficial
Vai subindo na contramão

O processo assim esquenta
Com certa antecipação
Entra em cena os desaforos
Debate na televisão
Quem ganhou e quem perdeu
Ninguém sabe quem venceu
A pesquisa de opinião

Até que chega o momento
Do grande debate final
O primeiro colocado
Já desfila como o tal
É o presidente de fato
Escolha do anonimato
Um resultado virtual

E vem o segundo turno
Mais pesquisa de opinião
Agora, dois candidatos
Um deles, da situação
E as forças se dividem
Nos bastidores decidem
Quem ganhará a eleição

Reviravolta no pleito
O vencedor em questão
É gente como a gente
Do lado da oposição
Ganhou o sindicalista
Foi o primeiro da lista
Da lista de votação

Assume com a promessa
De mudanças radicais
Promessas e mais promessas
Sai nas páginas dos jornais
Assume com muita festa
E ao povo somente resta
Sonhar, que nunca é demais

Escolha do Ministério
Composição das bancadas
Lideranças definidas
Medidas anunciadas
Conselhos são instalados
Programas são divulgados
E as ações conhecidas

Cresce a impaciência
De novo, nada acontece
O governo pede calma
E o povo obedece
Mas cobra os resultados
Já estão desconfiados
Pols o salário não cresce

E surge o primeiro pacote
Para o povo, um retrocesso
Que o próprio presidente
Levou até ao Congresso
Acabando com direitos
O pacote tem defeitos
E não faz tanto sucesso

No país do faz de conta
Isso tudo acontece
A gente elege a esquerda
E a direita aparece
E o novo presidente
Tenta enganar a gente
De tudo ele se esquece

Esquece que no passado
Ainda sem a gravata
Prometia mais emprego
Acabar com a mamata
Mas depois que foi eleito
Não se lembra mais direito
Diz que foi tudo bravata

Que a coisa é diferente
Mudou todo o pensamento
Vai tocar a economia
Com o mesmo instrumento
Deixado pelo antecessor
Não guarda mágoa ou rancor
Recomeça o sofrimento

Um por cento de aumento
Confisco do aposentado
Carga alta de impostos
Todo o dever copiado
Do livro do seu Fernando
O povo se irritando
O eleitor enganado

Pois atirou no que viu
Acertou no inusitado
Deu zebra nesta eleição
Não mudou nem o listrado
Tanto faz o preto e o branco
Para ser bastante franco
É sempre o mesmo riscado

Assim, o velho partido
O vermelho desbotado
Vai ficando parecido
Com o outro amarelado
Agora o PMDB
Tá com a cara do PT
Ou tucano avermelhado

Isso acontece agora
No país de mentirinha
Que só vive de conversa
Vai soltando abobrinha
E feijão pro Fome Zero
Que até hoje eu espero
Pra comer uma “vêizinha”

Todos os brasileiros
Diz a Constituição
São iguais perante a lei
É como se fosse irmão
Mas isso não é verdade
Falta muita honestidade
E muita compreensão

Por parte desse governo
Na hora da repartição
Da renda e do emprego
Não há consideração
Rico acumula riqueza
E a maioria, pobreza
Não ganha nem um tostão

Falta tudo nesta terra
Para o eleitor enganado
Saúde e educação
Comida e mais cuidado
Respeito, dignidade
Justiça e liberdade
Um governo preparado

Do velho até as crianças
Todos os necessitados
Estão aguardando o dia
De serem agraciados
Por um presidente eleito
Que faça o serviço direito
Para o qual foi bem votado

Chega de anta bravata
E de conversa fiada
Crescimento sustentado,
Com nação endividada?
CPI pra todo lado
Nada é investigado
Tudo isso é piada

Conversa pra boi dormir
Ninguém lembra do passado
Oito aos o Fernando
Nem um mês de resultado
A economia parada
Segue pela mesma estrada
Do desencanto aumentado

Correções em 17 de setembro de 2004










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