A cor da pele não erra
A verve dela que encerra
Buscando vida não sabe
É aí que tudo se enterra
Voltando pra onde veio
E nela fincado no seio
Da volta à mesma terra
Trabalho do hábil oleiro
Barro na mão que enrole
Feito boneco surgiu
Um homem ainda mole
Dia que passa com vento
Como se fosse tormento
Depois que surgiu a prole
Pela ganância que vem
Nela a vida emperra
Na luta da sobrevida
E morte nela não erra
Olho por olho na fala
Dente por dente não cala
Revolta como em guerra
O Criador contemplando
Por mais que tudo controle
Os filhos se fazem deuses
Negar que destino os arrole
A terra esperando a hora
Mãe revoltada que chora
Um dia os filhos engole