Há algum tempo afastado
Do convívio literário
Abri o dicionário
Que fala em verso rimado
E me senti inspirado
Pela musa nordestina
Que pela graça divina
Transportou-me ao meu lugar
Voltei a cordelizar
No terreiro da Usina.
Mesmo meio encabulado
Por atitudes mesquinhas:
Falsos poetas nas "rinhas"
Com texto pornografado
Por não terem o "bom guardado"
Na arte mais genuína
Essas aves de rapina
Vocês têm que deletar!!!
Voltei a cordelizar
No terreiro da Usina.
Voltem, Rubênio Marcelo,
O Fiúza, O Almir Filho,
Tragam de novo mais brilho
Ao nosso rancho singelo
Pra transformá-lo em castelo
De poesia divina
Que diverte, instrui, ensina
A quem sabe navegar.
Voltei a cordelizar
No terreiro da Usina.
Vamos falar de sertão,
De um vaqueiro encourado
Que parte todo animado
No rastro do barbatão.
Abaixo a esculhambação!
Pois a palavra ferina
Não constrói, só elimina
A poética que quer brotar
Voltei a cordelizar
No terreiro da Usina.