Uma vírgula nunca cabe
Entre o predicado e o sujeito
De onde nunca se espera
De lá mesmo nada vem
Vale pra um e pra cem
Vale até na estratosfera
No verão na primavera
È um ditado perfeito
E falo sem preconceito
E isto qualquer um sabe
Uma vírgula nunca cabe
Entre predicado e sujeito
Sem espremer o limão
Não se faz a limonada
Poesia não é nada
Se não for do coração
Eu falo com devoção
Bem do fundinho do peito
Não da causa, mas do efeito.
Nem que o mundo desabe
Uma vírgula nunca cabe
Entre predicado e sujeito
Não existe corrompido
Se não existir corruptor
Nunca nasce uma flor
Em terreno combalido
Isto faz muito sentido
Falo com todo respeito
Nunca tem dono o mal-feito
Nem que universo se acabe
Uma vírgula nunca cabe
Entre predicado e sujeito
Agora eu vou inverter
Na medida do possível
De forma quase tangível
Mesmo sem comprometer
Vou dá outro parecer
A flor dá em qualquer lado
Espera é apenas um estado
Mas antes que se desenxabe
Uma vírgula nunca cabe
Entre sujeito e predicado.
O homem que é rancoroso
ele não é feliz não
e se não aprender a lição
achar que é o gostoso
oh que fato curioso
vai se sentir deslocado
a mulher o deixa de lado
Vai ser sozinho no mundo
Pior que um vagabundo
Sujeito sem predicado.