Um outro fenômeno relativamente freqüente que depende inteiramente do homem é o aporte. Inconscientemente, sem sequer suspeitar que seja ele o autor do fenômeno, pode fazer com que um objeto sólido ou líquido desapareça, atravesse qualquer obstáculo e apareça de novo. Agulhas atravessam a própria pele sem feri-la; o sangue sai do corpo, passa pela roupa sem manchá-la e cai sobre determinado local. Os objetos atravessam paredes, vidros, madeiras, sem rompê-los. Em todos os casos de aporte é absolutamente necessária a presença do homem, porque é a sua telergia (a sua energia corporal transformada e exteriorizada), dirigida pelo inconsciente, a responsável pelo acontecimento.
Entre alguns dos exemplos mais famosos estão os de quadros, imagens e pessoas que sangram incontrolavelmente. Aqui no Brasil, em Porto das Caixas (RJ), um grande crucifixo de tamanho natural sangrou durante três horas. O vigário e várias pessoas testemunharam o prodígio. Era sangue humano, como comprovou os exames laboratoriais. No Colégio dos Padres Jesuítas em Quito (Equador), um quadro da Santíssima Virgem, que estava no refeitório, chorou. Todos os alunos e padres viram lágrimas escorrendo.
Na cidade de Akita (Japão) uma religiosa de 40 anos dizia receber mensagens da Santíssima Virgem, dizia que sua estátua algumas vezes chegava a sangrar numa das mãos, chorava várias vezes e até suava profusamente.
Em Itu (SP), dentro de uma urna de madeira e vidro, chorava e sangrava uma estatueta de Cristo jacente. Foi muito fácil verificar que o aporte era realizado por dona Hermínia, uma dona de casa. Nem sangrava, nem chorava quando dona Hermínia não estava presente. Todas as vezes que ela estava a menos de 50 metros, suas lágrimas e seu sangue chegavam à estatueta de Cristo através da parede ou da porta fechada, através da madeira e do vidro da urna que o CLAP havia lacrado para fazer estudos. O CLAP fez também exames laboratoriais e constatou que o sangue e as lágrimas eram de dona Hermínia.
Em todos os casos pudemos notar que o inconsciente dessas pessoas queria expressar um desejo de chamar a atenção, de comunicar uma notícia desagradável ou um perigo que adivinha, manifestação de carência afetiva, remorso de consciência, insegurança etc.
Por
Luiz Roberto Turatti, aluno do
CLAP –
CENTRO LATINO-AMERICANO DE PARAPSICOLOGIA, dirigido pelo PROFESSOR DOUTOR PADRE OSCAR GONZÁLEZ-QUEVEDO, S.J.