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Cordel-->Liberdade -- 12/10/2005 - 16:52 (Benedita Carvalho Mota de Andrade (Bené)) |
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A história é escrita
Por exímios vencedores
Reconstruí-la é tarefa
De bons historiadores
Sem ter medo da verdade
Junto aqueles perdedores
As correntes de esquerda
Pregando totalidade
Exaltaram o socialismo
Quantidade e qualidade
Contradição e dinamismo
Faz crescer a sociedade
Surgiu o liberalismo
Com noção de liberdade
Igualdade e democracia
Essência e propriedade
Interesse de burguesia
Visando a estabilidade
Capitalismo selvagem
Gerou discriminação
Desigualdade e riqueza
Ideais em destruição
È efeito do processo
Da industrialização
Aparelhos ideológicos
O Erário foi criando
A Igreja e a Família
A Escola enfatizando
Sindicato com a palavra
As idéias trabalhando
Aparelhos repressivos
Sabem a força trabalhar
Leis, Exército e Polícia...
A Justiça pra reforçar
Vigilância e coerção
Ao cidadão popular
A idéia da existência
De igual oportunidade
Nutrida por nosso povo
Mas que foge a realidade
Traz sensação de fracasso
E auto-culpabilidade
Realizando proezas
Vou o Livro parodiar
“Terás pão ao suor do rosto”
E dura cadeia arrastar
É o trabalho uma sina
Que ninguém pode evitar
Regular atividade
E sem interrupções
Carente com intensidade
Bem poucas satisfações
È o conceito de trabalho
Na história das gerações
Buscando sobrevivência
Pelas minas da ilusão
Direitos são alijados
Favorecendo o patrão
Erradicam fé e amor
Que ainda nutre o cidadão
Quem dispensa ver a cor
Do seu próprio pensamento
Prefere da luz se isolar
No escuro buscar alimento
É um faminto inocente
Fadado ao confinamento
O sistema permanece
Camuflando suas castas
Massificando o saber
Austerisando as cartas
Imbute o livre na força
O desejo de luta castra
Soterrados os valores
Suplantados os ideais
Surgem murmúrios de luta
No ser resíduos finais
Emerge a ideologia
Sem efeitos comensais
Admirar a Natureza
Deificar a burguesia
Querer ser e defender
É irreverente heresia
Expressar a verdade em TUDO
É ver em NADA, a fantasia
Somos tribo abjurada
Pelos chefes cegos e surdos
Submissos ao poder.
Permanecem sábios, mudos
E lamentando a negra sorte
Os guerreiros sem escudos
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