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Cordel-->João Paulo II o papa da paz -- 24/11/2005 - 01:32 (Alkiria Xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


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JOÃO PAULO II: O PAPA DA PAZ

O servo, nas mãos de Deus
É moldado feito argila
O coração e a mente
Mudam de forma tranqüila
Como fez com o polonês
Chamado Karol Wojtyla.

O século XX inicia
Pra Polônia complicado,
E em 18 de maio
Do ano vinte falado
Nascera em Vadovice
Esse ser abençoado.

Um país religioso,
Extremamente católico
Via-se agora invadido
De modo vil e caótico
Pelo torpe Comunismo,
Soviético já histórico!

Cercada completamente
Por países protestantes
Bem como por ortodoxos
De Roma, os mais litigantes,
Provocando os católicos,
A serem mais vigilantes.

E Karol desde criança,
Um católico fervoroso
Capaz de entrar em transe
Adorando ao Poderoso
Nas horas em que orava
Pra na fé ser vigoroso.

Com nove anos de idade
A sua mãe faleceu
Antes de completar vinte,
Anos, seu papai morreu
O irmão também se foi
Na orfandade cresceu!

Mas, além de ser cristão,
Tornou-se nacionalista
Amante da liberdade
E opositor nazista
Um democrata, e crítico,
Do Regime Comunista.

Montanhista, exímio ator,
Representando o épico
Já com dezenove anos
Tinha porte físico atlético
Avesso à violência
Correto, gentil e ético.

Queria levar seu país
À justa libertação
Sendo ator, podia seguir,
Fazendo apresentação,
Todavia, ai surgiu,
Sua nova vocação.

Assombrando seus amigos
Disse: eu vou estudar
Afim de ser sacerdote
No intuito de ajudar
A nossa nação ser livre
Sem de violência usar.

Os nazistas na Polônia
De modo estrito agressivo
Tinham proibido às missas
Por decreto decisivo,
Tornando, estudar pra padre,
Um ato subversivo.

Esses nazistas, contudo,
Sofreram a expulsão
Feita pelos comunistas
Também sem religião
Crendo que o Comunismo
Bastava pra salvação!

E Karol além de padre
Demonstrou-se um estadista
Tendo por arma, a fé,
Atuante e estrategista
Assim conseguiu respeito
Do governo comunista.

Só com trinta e sete anos,
De idade é nomeado
Bispo, por João XXIII,
Sem tardança, após, sagrado
Pra o Vaticano II
Wojtyla foi convocado.

No Concílio teve uma,
Discreta atuação,
O suficiente para,
Poder chamar atenção,
De um cardeal que logo
Sucederia João.

Mas, Paulo VI também
Partiu pra o Pai verdadeiro
Deixou Karol cardeal
Famoso no mundo inteiro,
Para depois suceder
Papa João Paulo Primeiro.

Esse que ficou somente
Trinta e três dias no comando,
Morrendo rapidamente
Sem ninguém ta esperando
Deixando o mundo perplexo
Uma multidão chorando!

E o cardeal da Cracóvia
Votando no novo pleito
Dos cento e oito prelados
Noventa e nove de um jeito
Escolheram o Wojtyla
De eleitor, para eleito.

Estava quebrada assim,
Uma secular tradição
Onde só italianos
Assumiam essa missão,
Veio agora um polonês
Pra do mundo, ser irmão.

O pastor universal
Começou a viajar
Em setenta e nove foi
O seu país visitar
E durante vinte e seis,
Anos nunca quis parar.

Sua presença profética,
Certamente ajudou
Derrubar o Comunismo
Por onde se alastrou
Não demorou muito tempo
Tal regime desabou!

Ao conseguir esse feito
Toda a humanidade
Aplaudia com carinho
E amor, Sua Santidade,
Tornando-se, na Polônia,
Patrono da liberdade.

Viveu uma fé atuante
Atento e preocupado
Ante os problemas do Globo
Jamais João ficou calado
E onde o povo sofria
O papa estava de lado.

Nunca lhe faltou palavras
De conforto, aos excluídos,
Pediu igualdade aos ricos
Para com os mais sofridos
Incansável defensor
Dos pobres despossuídos.

Pela cultura da vida
Determinado, lutou
Mas, a cultura da morte
Resoluto, condenou
Dizendo: “só Jesus pode,
Tirar vida, onde botou”.

“Seja qual for o regime
Se negar a liberdade
Do ser humano, se torna,
Uma arbitrariedade,
Atentando contra Deus
Em sua intimidade.

Quebrou todo protocolo
Severo do Vaticano
Indo aos cinco Continentes
Defendendo o ser humano
Pregando paz e amor
E reprimindo o tirano.

Lugares onde um papa
Jamais havia entrado
Com fé e diplomacia
Despedaçou cadeado
Para o nome de Jesus,
Ser ali anunciado.

Combateu ódio e vingança
Injustiça social
A intolerância étnica,
Preconceito racial
E todo método que fosse,
Anticoncepcional.

Embora não procurasse
Fama e honra no papado,
Entretanto, ao ir a ONU
Por ser tão admirado,
Foi aplaudido de pé
E bastante ovacionado.

O nome de Jesus Cristo
Jamais temeu de falar
Levar Jesus para todos
Nunca deixou de sonhar
De o único Salvador
Fazer o mundo adorar.

Pra tal não mediu esforços
Visitou várias nações
Celebrou diversas missas
E fez lindas pregações
Conquistando o respeito
De todas religiões.

Mudou alguns paradigmas
Dentro do Cristianismo
Pediu perdão pelos erros
Do nosso Catolicismo
Dialogou com Judeus
Budismo e Islamismo.

No século XX, tornou-se,
Grande personalidade
De modo que os problemas
Maiores da humanidade
Foram resolvidos, graças,
A sua sagacidade.

Recebeu Dalai-lama
E vários chefes de Estado
Ateus como Fidel Castro
E outro não declarado
Ali Agca, o quis matar,
Mas, também foi perdoado.

Amou Cristo totalmente
Como o Mestre deseja
O apresentou ao mundo
A história assim enseja
Levou aonde não tinha,
A presença da Igreja.

Forte, arguto e peregrino,
Dedicado, culto, audaz
Firme e inabalável
Intrépido e perspicaz
Falou, pregou e viveu
De amor, perdão e paz.

Seu pontificado foi
Para a Igreja glorioso
Se preciso, intransigente
Destemido e corajoso
Poliglota, homem orante
Devotado, audacioso.

Em países, rico ou pobre,
Onde havia regime
Negando à liberdade
Sustentada pelo crime
Criticou tais ditaduras
De forma dura e sublime.

Acolheu negros e índios
Velho, doente e criança
A quem se sentia perdido
Karol levou confiança
E aos desesperançados
Inundou de esperança.

Veio ao Brasil três vezes
Na última só encontrar
Todas famílias da Terra
Para lhes reafirmar:
“O mundo sem ter vocês,
Sem dúvida pode acabar!”

Gritou em alto e bom som
Ao certo mais de uma vez:
“Famílias do mundo inteiro
Deus as ama, Deus as fez
Não temas, Deus lhes protege
E o papa está com vocês”.

Sobre o aborto exclamou:
“Eis uma imoralidade
Matar com base na lei
Amaldiçoem tal maldade,
Porque o aborto é,
Vergonha pra humanidade!”

Na defesa pela vida
Duramente esbravejou
Condenou à Eutanásia,
Enérgico ele afirmou:
“Essa é mais uma maneira
De matar quem Deus creou”.

Nas viagens, abraçou
O adulto e o menino
Acolheu todas as classes
Com um carinho divino
Por isso, era recebido
Com festa, alegria e hino.

Era paradoxal
Mas, radical no amor
Falava como pensava
E nunca teve temor
De ser progressista, nem,
Tampouco conservador.

Combateu a intolerância
E o fundamentalismo
Criticou todas às guerras
Bem como o militarismo
Desigualdade e miséria
Atentado e terrorismo.

Em algum país que não,
Parecia ser bem vindo
Com pouquíssimos protestando
Contra o papa era até lindo
Porque outros não-cristãos
O escutavam sorrindo!

No Brasil inda brincou
Numa viagem apostólica
Deixando super feliz
A grande nação católica:
“Se Deus for um brasileiro,
O papa é carioca!”

Para o terceiro milênio
A Santa Igreja levou
Mudando o quê precisava
Precisando, conservou,
Às verdades evangélicas
Como devia, preservou.

Mas, no dia dois de abril,
Um sentimento profundo,
De perda, em pouco tempo,
Espalhou-se pelo mundo
Pela morte do pontífice,
Papa João Paulo Segundo.

Vinte uma e trinta e sete,
Horário do Vaticano
Partiu o papa da paz
Encontrar o soberano
Deixando a Igreja sem
O Santo Padre Romano.

O mundo ficou surpreso
Quando isso ocorreu
Todavia, agradecido,
Ao Pai porque nos deu
João Paulo para fazer,
O bem, enquanto viveu.

A sua partida João,
É perda irreparável
Por conta do seu esforço
Irrestrito e inegável
Para tornar o planeta
Mais justo e sociável.

Como pastor da Igreja
Pra Jesus buscou a Glória
Procurando imitar
Do Cristo, à trajetória,
Partiu do mundo pra o céu
E entrou para história.

João Paulo, você se foi,
Deixando todos em pranto
Porém, ficou a certeza
Do seu amor e encanto
A Terra perdeu um homem,
Mas, o céu ganhou um santo.

A lacuna é enorme
Pra poder ser preenchida
Resta a sua mensagem
Fortíssima pra ser vivida
E a certeza de que,
Jesus é Senhor da vida.

Obrigado por viver
Nos apontando a luz
Da salvação para Terra
Chamada, “Senhor Jesus”,
Aquele que lhe deu forças
Pra carregar sua cruz.

Dois mil e cinco, abril,
Dia oito, sem igual,
Duzentos chefes de Estado
Foram ao seu funeral
Provando sua importância
Na esfera mundial.

O amor que a humanidade
Devotou-lhe não me assusta
Mas, refletiu o carinho
Duma humanidade injusta
Fazendo justiça a quem,
Desejou vê-la mais justa.

Sob prantos e aplausos
O papa foi sepultado
Aos gritos da multidão:
“É santo e santificado”
Ninguém nunca viu um homem,
Tão querido e tão amado!

O Senhor Jesus lhe dê
A coroa da salvação
Pela qual tanto lutou
E chamou cada irmão
Para crer e esperar,
A santa ressurreição.

Você foi eleito papa
No ano que eu nasci
E vendo suas ações,
Aprendi ter fé, cresci,
Espere-me, que talvez,
A gente se encontra aí.

Obrigadíssimo João Paulo,
Pela forma perspicaz
Na condução da Igreja
O Senhor o fez capaz
Descanse ao lado de Cristo,
Servo incansável da paz!

Autor
Varneci Santos do Nascimento
Fone (83) 8822-5820
CONTATO COM O AUTOR: Rua Bráulio Martins, 93 – Santa Terezinha – Cep 58200-000 – Guarabira – Paraíba
e-mail: varnecicordel@yahoo.com.br

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