Para se consolidar
a lembrança de um fato,
— na memória arquivar,
grudar que nem carrapato —
temos que o comparar
com algo bem semelhante,
para se consolidar
na memória o bastante.
"sixteen", palavra inglesa,
por exemplo, "cêstin" soa,
quase "cestinha" na mesa
como código entoa.
É a codificação
que nos permite reter
e ter recuperação,
a informação rever.
Pra reconhecer meu carro
entre outros na garagem,
ao meu código agarro,
o que faz sua imagem.
É o código que dá
referência principal,
nos permite comparar
outros com original.
Muito normal é lembrar
só da fisionomia
e o nome não guardar
de antiga companhia:
na memória visual
ficam os traços marcados
desse fulano de tal,
que serão sempre lembrados;
na memória auditiva
ficam os sons bem gravados
do nome que, em oitiva,
certa vez foram vibrados.
Pra resolver o problema
de um nome esquecer,
você adota esquema
para lhe favorecer:
de quinze em quinze dias,
você os nomes repassa
das melhores companhias,
dos que lhe fazem mais graça;
com isso você recorda,
com grande facilidade,
mesmo de quem cê discorda
por qualquer banalidade.
Outra dica é bisar
o nome nunca lembrado,
seis vezes, sem fatigar,
em cada fato falado.
Seja bem-vindo "seu" Gil!
"Seu" Gil, quer tomar café?
"Seu" Gil, é com adocil?
"Seu" Gil, senhor vai a pé?
Essa tal repetição
do nome do conhecido
dá em memorização,
e deixa envaidecido
o seu interlocutor,
pois seu próprio nome ouve,
o escuta com amor,
mesmo se o entreouve.
Durante o consolidar,
a memória não trabalha
querendo desarrumar;
cada fato amuralha,
e faz associação
com outras informações,
faz a tipificação,
boas classificações:
profissão com profissões,
manjares com alimentos,
nomes, denominações,
seminários com eventos...
Isso tem muito valor
para consolidação,
é o principal fator
para recuperação,
numa futura pedida
da mesma informação
que, com precaução devida,
encurta procuração.
Quando do codificar,
informações semelhantes
você pode evocar,
algo que você viu antes,
por exemplo, a laranja,
com a qual você constrói
um papo que a abranja
e inclua um caubói.
Faz-se a comparação
do que é assemelhado,
e do que tem distorção,
para ser armazenado.
E parte desse processo,
o de armazenamento,
guarda o que é digresso
para acompanhamento
dos fatos mais semelhantes
e dos que têm diferença;
informações avultantes
ficam sem su"acolhença.
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