Difíceis situações
são as de dialogia,
as importantes questões
pra dizer no dia-a-dia
a uma outra pessoa.
Difícil é a conversa,
a discussão mais à-toa
cresce e fica perversa.
Se há ambiente tenso,
ou se há crítico lance,
em que falte o bom senso,
um mal verbo, sem alcance,
palavra mal empregada,
ou oposição mal feita,
uma idéia negada,
e dada como desfeita,
pode gerar no autor
inibição temporária;
ele entra em horror
frente à autoritária
decisão do oponente,
ao seu não saber ouvir,
que se mostra resistente
e não quer mais refletir
sobre relevante fato
que, então, ele esquece;
já que sente ‘ab irato’,
mais então se enfurece.
O esquecer é o “branco”
provocado por tensão,
que faz surgir o arranco,
a grande agitação.
Este mesmo rompimento
do sentir-se natural
dá-se no envolvimento
de um encontro fatal;
após papos virtuais,
pela Internet transados,
surgem desejos duais
de encontros bem marcados.
E, no primeiro encontro,
o caboclo fica mudo,
cresce nele um tolontro,
lá se foi o abelhudo.
A memória armazena
com muita facilidade
tudo que vale a pena,
tem periculosidade,
ou é muito prazeroso,
interessante, bem feito;
de lado, o horroroso
nunca é muito aceito.
A cuca, de vez em vez,
numa conversa formal,
fica com tal avidez
que até procede mal:
deixa nome do freguez
pra mais tarde constatar:
foca mais a sua tez,
os trejeitos, o andar.
Há o lado positivo
por ter branco na memória:
é momento decisivo,
de mais valor pra história,
ou pro corpo da pessoa;
os lapsos alarmes são,
qualquer coisa que destoa
gera a interrupção.
Falta de concentração,
excesso num compromisso,
grande preocupação,
fadiga, estar omisso,
estafa e outras causas
são sinais clarevidentes
de que precisam de pausas
os corpos e suas mentes.
Temos que ficar atentos!
Se faltar informação,
são os brancos nada bentos
fazendo inibição;
é hora de perguntar:
qual seria a razão,
o que pode provocar
tal estranha sensação?
Tente identificar
a origem desse mal:
é preciso relaxar,
ter outro nível mental.
Creio que a maioria
sabe como relaxar,
pra sair da agonia
seu jeito vai aplicar.
Depois do relaxamento,
primando por não pensar,
vem então o pensamento
com as respostas a dar.
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