Esquecer, deixar sair
da memória, ou perder
da lembrança, é sentir
que sempre sói ocorrer
entre gente distraída,
que não presta atenção
nos seus momentos, na vida,
na menor informação.
Estão sempre a dizer:
“Esqueci isso...”, “Eu vivo
esquecendo-me de ter...”,
“Eu sou pouco retentivo.”
Antes de se complicar,
dizendo que esqueceu
o que devia guardar,
você nunca prometeu
a si mesmo perguntar:
“O que realmente sei
disso que quero guardar?
É o que já dominei?
Até que ponto domino
essa tal informação?
Será que bem conjumino
o que pretendo guardar?
Falta-me mais atenção
pra aprender, e reter
na cuca, informação
que não posso mais perder?”
Um erro que se repete
quase que diariamente
é o que você comete
querendo tirar da mente
o que você não guardou;
o que não lhe é afeito,
que você não estudou,
jamais será bem aceito
para sempre pela mente.
A familiaridade
é fruto da bem consciente
compreensibilidade
dos elementos contidos
em uma informação;
depois de compreendidos
facilitam retenção.
Por exemplo, um cliente
frente a um vendedor,
antes que se apresente
ao seu bom atendedor,
é logo interrompido
por um ensurdecedor
soar de algo batido,
que lhe gera um torpor.
Seu nome não foi ouvido
pelo seu atendedor;
para tê-lo repetido
o que faz o vendedor?
Geralmente, não pergunta,
vai logo oferecendo
o que o freguez assunta,
toca, ou está querendo.
Dias depois, caminhando,
encontram-se novamente,
e vão logo se lembrando:
“o vendedor”, “o cliente”...
E sabem que se conhecem
pelas fisionomias,
que ainda permanecem
na memória, mas já frias.
Mas, seus nomes não ficaram,
pois ninguém põe na memória
dados que não se firmaram,
saídos da trajetória.
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