Falar de certos empresários
Sanguessugas e chupins
Que do Brasil bebe o sangue
Justificando seus fins
Eu falo e assino em baixo
Eu não vou virar capacho
Desses canalhas ruins
O país é bom demais
Patrão ruim ninguém acusa
Que só quer levar vantagem
Seu grande poder ele usa
Explora o trabalhador
É ruim e sonegador
Impunimente ele abusa.
Tem empresário ladrão
Tem o ladrão empresário
Manda dinheiro pra fora
Debilitando o erário
Dinheiro a dá com pau
Em paraíso fiscal
Ainda demite funcionário.
Tinha um tal Abi-Ackel
Que vendia diamante
Não pagava o imposto
Nem no inferno de Dante
Nunca foi processado
Muito menos condenado
Eita justiça oscilante.
Empresário farmacêutico
Faz no Brasil um banzé
Sobe preço do remédio
No dia e hora que quer
Agem impunimente
O povo sofre doente
Vivendo apenas da fé.
O Brasil emprestou dinheiro
Para plantar mandioca
A grana foi pra suíça
Estourou feito pipoca
Não devolveram o dinheiro
Foi todo pro estrangeiro
Nem no assunto se toca.
O governo pediu a todos
Pra economizar energia
Vinte por cento no mínimo
porcentagem que queria
Todo o povo cooperou
A tarifa vinte aumentou
E a população não chia.
Nós temos cara de palhaço
Dos governos inoperantes
Um congresso quase inerte
E empresários malufantes
Pra eles nós somos patos
Somos reféns desses ratos
Podres abutres rapinantes.
O povo precisa aprender
Na hora da votação
Tem que saber escolher
Bom político na eleição
Eu sei que é muito raro
Não podemos pagar caro
Nem passar decepção.
esses beócios me cansaram
Por isso te passo o bastão
Fale agora da saúde
E das doenças da nação
É mazela pra todo o lado
O brasileiro está cansado
De tanta má intenção.
Daniel Fiuza o poeta cordelista
08/11/2001
De Sampa para o mundo.