O copo que resvala
nas costas da minha mão,
é como gato na sala
que faz sua esfregação.

O copo que roda calado
na palma da minha mão,
já me tiçou um bocado,
e me deixou sem razão.

Sem asa, requer firmeza
e equilíbrio da mão;
sem tampa, mas com dureza,
quebra-se ao ir ao chão;

quando de plástico fino,
deve ser bem colorido,
é muito bom pra menino,
mas não deve ser comprido.

De couro, bem costurado,
serve pra jogo de azar
no Aurélio não citado,
e no Houaiss nem falar.

Ora é silencioso
e recebe aguardente,
ora torna-se vistoso
com bebida reluzente.

Quando soa qual serpente,
esfria-se bastante,
descontrola qualquer mente
e põe a gente falante.

Copo de vidro dourado
enfeita a cristaleira,
mas é coisa de veado
pra depois da bebedeira.

Transparente nunca fica
a vida de quem usar
copo perto de barrica;
na certa vão difamar!

Turma da geriatria
usa copo pra curar,
toma muita água fria
pra dos males se livrar.
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Com os cumprimentos do Tim,
crente em esteatose moderada,
filho de endoscopia com ultra-som abdominal total,
e servo da colonoscopia trimestral,

aproveitando a boa e quiçá demorada ausência do titular.

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