Ó Figas fixe, constata,
o São Pedro da Buraca
quando um dia deres em réu,
no julgamento final
por sentença ideal
dá-te um buraco no céu...
Sob um alvíssimo véu,
carequinha, sem chapéu,
ó Figas, ficarás bem
entre os anjinhos dormindo,
arejadinho e lindo
sem figas pra mais ninguém...
Descansa, terás também
um confortável harém
prós viúvos irritares,
em vida tudo se paga
e tu na morte por praga
tens tudo pra te vingares...
Coisas assim, tão vulgares,
acontecem aos milhares
em cortejo permanente,
mas tu Figas, com talento,
ainda tens muito tempo
pra fazeres figas à gente!...