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Cordel-->O ratão qui Zezitu num viu -- 11/12/2006 - 11:50 (Airam Ribeiro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O ratão que Zezito não viu
(Respondeno a Zezito)
Por Airam Ribeiro 10/12/06

Quano Jacustô féis
Sua primêra ispidição
Nas terra do pantaná
Ondi tem água di montão
Mutio animá iele viu
E argum levô pru navio
Qui era sua imbarcação.

No laboratori deli
Tudim era pisquizado
Ni cada animá qui oiava
Era tudim analizadu
Lá um rato apariceu
E dum produto bebeu
Qui atrapaiô o coitiadu.

Foi um rimédio qui derramô
Qui Custô tava inventano
Para isperiênça ni cobra
Pra sicuri si num mi inganu
Quano nela apricava
A sua boca omentava
Pra tudo i abucanhandu.

Pois bem foi eçe rimédio
Qui aqueli rato bebeu
Acontece qui nu ruedô
Pareci qui tudu creceu
Jacustô eli num viu
Intonsi foi nu navio
Qui eçe rato si iscundeu.

A ispedição foi si imbora
E pru Ispritu Santo intão
O navio lá chegou
Bem nu porto tubarão
O Ratão deu de saí
E praquele lugá dali
Ciscundeu num casarão.

Todo gato qui passava
Lá perto do casarão
Sispantava cum o tamãin
Qui tia aquele ratão
Certo dia num buêro
Si uviu um arruacêro
Qui era grandi a cunfusão.

Um gato doido apariceu
E logo o rato quis infrentá
Ficô inrriba du buêro
Isperano o rato passá
Quano o rato apariceu
Aqueli gato num correu
Us dois pois si a brigá.

Di ripente a boca du rato
Inton iela si alarganhô
E foi ingulino lentamente
Qui inté o rabu intrô
O Zezitu num tava na óra
Pra vê o gato i simbora
Pra barriga du ruedô.

Eçe fatu é verdedêro
O Zezitu num mintiu
Pra acreditá neçe caso
Só memo quem a briga viu
Foi nu buêro da capitá
E ni Vila Véia foi u lugá
Adonde o ratão si sumiu.

E-mail airamribeiro@gmail.com
www.usinadeletras.com.br






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