Presidente é presidente, tem força e vontade;
uma hora tá aqui, outra lá, sempre voando,
mas o nosso é de amargar, com vantagem:
não pára no Brasil nem prá ficar rezando!
Já viajou mais do que Marco Polo e o Papa,
sempre com vontade de ser alguma coisa,
pois daqui já enjoou às largas,
do nosso Brasil,que prá ele não é lá um paraíso.
Em Paris foi aplaudido de pé,
porque os que o saudaram,
mal sabiam o que ele estava dizendo,
mas só se sabe o que mal dele falaram.
Brasil? Brasil fica lá longe,
onde ninguém põe o pé,
país pobre igual a uma calada ponte,
pais miserável, mas com um povo que tem fé.
Depois foi para os EUA - lá longe,
conversar como seu ídolo,Bush,
que, mesmo cercado de bronze,
tá virando canhão sem bucha.
Mas FHC não larga o homem:
onde ele vai, FHC segue atrás
pois o Brasil é um fraco totem
onde todo mundo abusa fingindo paz.
E assim nosso presidente
sem arrancar um dente,
foi às ruas latente,
comer e beber contente.
Mas, antes pediu piedosamente:
Meu amigo Busch, me dê proteção,
famoso como sou, o povo carinhosamente
ao me reconhecer, vai me deixar sem ação.
E assim corre a lenda tibetana:
o brasileiro nunca foi tão infeliz e descontente
nas mãos de um chefe quase indiano,cheio de rendas,
que de tanto viajar,perdeu noção dos dias
com essa mania de Rei dos Reis -,
um rei com uma fazenda com plantação de inhames,
que nunca vai chegar a ser uma simples lenda!