Cordel eu não sei fazer,
Só arrisco a poesia,
Mas tanto eu gosto de ler,
Rimas que dão alegria,
Então encontro na Usina,
Gente de muito saber,
Transformando o cordel
Em prova de bem querer!
Reunindo os amigos
Na homenagem a Milene,
Separou joio do trigo
Generoso pegou leme,
Foi citando cad’ amigo
Cordelistas de talento
Mexendo até comigo,
Conquistando seu intento.
Veio a Hull brilhantemente,
Seguindo na correnteza,
Conclamando a amizade,
Com habitual destreza,
E com toda humildade,
Dizendo-se limitada,
Agradeceu com bondade,
A poesia cantada.
Milazul agradecida,
Se compôs com Benedito,
Cantara sua saudade,
Do Jorginho tão bonito,
Lembrando também Rubenio,
Nosso grande menestrel,
E sem qualquer convênio,
Exaltou tudo em cordel.
Silva Filho entusiasmado,
Prosseguiu com este elo,
Cordelista apaixonado,
Com saber bateu o martelo!
Falou com sabedoria
Sobre o segredo da rima
E a presença feminina,
Nesta bela Confraria.
La Fuente com encanto,
Prosseguiu com esse canto,
Convocando nós, mulheres,
Poetisas de acalanto.
Prestando sua homenagem,
Com firmeza e com rigor,
A poetas de bagagem
E reconhecido valor.
Lembrou a Lílian Maial,
Vera Linden, Graça Almeida,
A mim, que pretenciosa,
Senti-me até formosa,
Citada ao lado de Heleida,
Trovadoras tão amigas,
Além de Hull tão querida,
Promotora dessa liga.
Sei que já estou me estendendo,
Pois cordelista eu não sou,
Mas ao sair vou dizendo,
Que muita gente faltou!
Tem o nosso amado Dantas,
Cordelista que não cansa,
De nos ensinar com rimas
Em suas reais obras-primas!
Tem o Torre, nosso Guia,
Mestre de grande valor.
Tem Pedrinho, o Goltara,
Cheio de graça e humor.
Paulo Márcio e Airam Ribeiro,
Tere Penhabe e Elpidio,
Poetas que por inteiro,
Versejam em alto nível!
Assim vou me despedindo,
Sem deixar de agradecer,
Aos amigos deste espaço,
Que aceitam meu embaraço,
E este meu cordel vão ler.
Volto pra minha poesia,
Cordelista tem magia
E cordel não sei fazer!