Meretríssimo hoje venho
Interpô apelação
No processo de calunia
Injuria e defamação
Que meu colega Sirva Fio
Apresentô pá questão.
Ocorre que o dotô,
Teve até boa intenção,
Com o samurai das flô
Que nunca foi home não.
O samurai é um froxo,
Terrive acusadô,
Jura que a terê no caso
Sua saia alevantô,
Isquece que mia criente
É honrada e tem valô.
Pelancudo é o safado
Com seu kimono de seda
E vevi virano os óios
Pelas ruas e alameda.
Meu colega adevogado
Num cunhece a situação
Si sobesse do recado
Num aceitava a questão.
O samurai e a espada
Que na foto é ixibida
É guardada num estojo
Que num entra nesta lida,
Pois ela vevi iscondida
No “cofre” do Margarida.
A foto e o delito
Ficum aqui comprovado
Foi vista pelo perito
Cum vistas pu adevogado,
Vamo vê se ele adefende
Esse véi dismunhecado,
O sinhô tá veno agora,
Sua cara de safado,
Que do bar da Liodora
Saiu Cuma um cão danado.
Meu colega Sirva Fio
É adevogado dereito
Istudô cum muito brio,
Mais nun cunheci o sujeito.
Se ele vissi o fulano
Di quem falo no processo
Mudava todo seu plano
Pra adevogá no congresso,
Pa fazê seu pé de meia
Vivê no maió sucesso.
Eu confio meritrissimo
Nesse nobre Tribuná.
Na vossa sabiduria,
No vosso nobre julgá.
A justiça será feita
Nessa ação apelatória
Pra dá fim a essa treita
Encerrando essa istória
Desse samurai florzinha
Com a pirsiguição inglória.