Eu ando pensando seriamente, vejam seriamente, em escrever um livro sério. Algo que marque profundamente a literatura nacional. Para isso iniciei um estudo das obras de Dostoieviski, Victor Hugo, Dante, Kafka..., enfim uma série de autores sérios. Daí imagino que vá sair um projeto sério, algo que se leia e marque com seriedade a vida das pessoas. Não me julguem mal os autores nacionais sérios, vivos e mortos, mas eu já li a grande maioria dos sérios e nada devem aos estrangeiros. Porém alguns nomes estão impregnados em todos que se iniciam em literatura. São mencionados pelos quatros cantos e eternamente venerados.
Mas ouvir falar não basta, é preciso estudá-los. Hoje comecei a ler O Inquisidor de Fidor Dostoieviski. É m texto profundo, nato daqueles que nasceram para a escrita. Seu talento é tão grande que são marcados pela representatividade, mesclando-se com seu tempo. Imaginemos o Brasil sem Machado de Assis, supondo que ele nunca tenha existido. Teríamos um buraco em nossa literatura. Creio que a Inglaterra ficaria menor sem Shakespeare, a França sem Victor Hugo, os Estados Unidos sem Hery Muller, Portugal sem Saramago, etc.. Para quem está pretendendo seguir como escritor, o estudo destes ícones me parece necessário.
O que me frustra cada vez que leio uma destas obras é pequenez de meus escritos. É a mesma sensação que sente um peladeiro diante de Ronaldo. Preciso treinar muito, gastar milhões de letras para atingir a maturidade. É um caminho longo, difícil, para quem sabe morrer esquecido nas prateleiras ou numa adaptação corrompida para a Rede Globo. Se ocorrer de alguma obra acabar nas telas ou nos palcos, tomara que tenha a mesma sorte de Ariano.
Viver de arte no mundo é para poucos. No Brasil é um milagre. Mesmo os maiores e mais caros autores tiveram atividades paralelas à escrita. O próprio Machado de Assis ralou pra caramba, sem ganhar grande dinheiro. Drummond pagou para que publicassem seu primeiro livro.
Mas para os sonhadores tudo pode, e minha vitória é certa; basta lutar, estudar, insistir, perseverar....ir até o fim.
E quanto a minha obra séria começará em breve. Logo que eu aprenda escrever.