Play. O escritor é oportunista e sabe que qualquer linha que cante o amor será lida. Só escreve textos de amor. Que amor é esse? O escritor registra o amor que sente ou o amor fingido, emprestado? Bem, esse escritor escreve de um amor qualquer. Um amor do qual ouviu falar. A história de um homem de negócios que dependia de um casamento de conveniência para realizar uma grande fusão comercial. O noivo não era ele, certamente. O executivo só tinha tempo para business and business. Seu irmão playboy faria o sacrifício de se casar com a filha do rei da cana-de-açúcar. Fundir famílias e ganhar dinheiro, como antigamente. Ninguém poderia imaginar que uma paixão repentina do playboy pela filha do motorista inglês da família iria atrapalhar a transação. Mas o executivo não se dava por vencido: provocou um pequeno acidente que tirou o irmão de circulação por alguns dias e aproveitou para conquistar o coração da filha do chofer. Quando o irmão saiu da cama, o executivo e a menina do motorista já estavam embaixo dos lençóis de seda. Então, o escritor desliga DVD e jura que nunca mais vai assistir a Audrey Hepburn desfilando Givenchy nos fotogramas de Billy Wilder. Stop. Eject.