Sei que não sou uma estrela.
Mas isso não é razão para que não possa brilhar.
Afinal, nas noites escuras, quando as nuvens encobrem a lua, são minhas luzes que encantam a meninada.
Mas, como nada é perfeito, do mesmo modo que posso agradar, também corro o risco de ser impiedosamente depredado.
A vida é assim: se estivermos sob o brilho de outras luzes, nem nos percebem.
Se, por outro lado, as outras se escondem, nós costumamos "quebrar o galho".
Minha vida tem sido uma constante batalha: entre estrelas e vaga-lumes... Costumo ficar indeciso, sem saber se vou para a "esquerda" ou para a "direita".
Com a esquerda, talvez seja engolido, sem ao menos ver o que me atingiu.
Com a direita, fico vulnerável, pois é pouco o brilho...
Ah!
Acho que vou mesmo é para "cima do muro". Ao menos dali, posso apreciar os dois lados, sem me envolver.
É.
Os espertos fazem assim.
E eu não quero...
Não devo...
Não posso...
SER DIFERENTE!