as vezes, quando debruço sobre a piscina de gelo, penso sobre o espaço entre o peito, o coração e a língua de vidro, batendo entre azulejos azuis.
e ocorre um intervalo, quando um encantamento se desfaz.
aceso por se desfazer...
um todo de um pedaço isolado. jurado de término, assim como a vida... e depois renasce límpido noutro lugar.
a dificuldade é com a vida-morte-vida, da realidade irreal e transitória...
e ausente seria, se não fosse arquivado um estado ainda que decomposto, junto as boas lembranças que ficam... não pelo encanto, mas pelo estado encantado, de valer algumas palavras em texto poético, numa poesia, num sentimento manifesto...