Caminha pela nuvem, num estado imaginário da mais plena felicidade, afinal é poeta. Caminha, e sem olhar para trás, olha para dentro do seu mundo discreto e desprovido do sucesso esperado. Segue colhendo as flores que nascem, até aquelas, cor de lápis-lazuli, destas que distraem viajantes em jornadas, e agora exclama sem saber o nome. E aquela fumaça ainda se espalha percorrendo suas vias áreas, numa mistura de mormaço estrelado. Com a cabeça distante, plasma um beijo catapulta, similarmente doce, como o tempo em que passava o dia numa sala cheirando a éter reticente. Transpira sentimento e amor pleno, decompondo belas imagens que abriga a sua doce memória.