Senil...
No àmago de suas lembranças tão fatigadas pelo desgaste do corpo dilacerado e podre, por tantos vícios, seguia à s cegas pelo corredor obscuro de sua loucura macabra e descomunal.
Não olhava ao redor, temeroso de ver a sombra assustadoramente horripilante de sua própria demência que o assomava nos momentos mais inusitados.
Com alucinante amargura no olhar fundo enfiado em duas cavernas roxas, seguia a fumar aquele cigarro fétido que lhe forneceu Tonho Ranhento, dono do armazém; fiado, pois não tinha mais um vintém no bolso de suas calças furadas...