Estava a passar os olhos pelos títulos, a procurar pessoas queridas e eis que deparo com um, que me chamou a atenção, pelo paradoxo de sua mensagem:Canto de Guerra pela PAZ, de Benedito Generoso, de onde destaco a estrofe abaixo:
"Eu ouvi um cão latir,
Implicando com o gato,
Que correu sem lhe pedir
Licença para partir
Ao encalço de um rato."
Escrever é, como todos sabem, uma grande arte.
E, como em todas as artes, não basta ter apenas ter alguma "sensibilidade"...
Faz-se mister dominar certas técnicas e conhecimentos básicos.
Assim se constrói um artista completo.
A estrofe que transcrevi, do cordelista Generoso, é simples, musical... Tão singela que até parece o trechinho de uma cantiga de roda.
CÃO, GATO E RATO... Personagens tão corriqueiros...
Não tem nenhum rebusco, aparentemente...
Mas a "arte" está justamente nisto:
não se percebem na obra os andaimes do edifício...
Eu jamais teria a rara sensibilidade de fazer algo assim... Tirar do "óbvio" tanta POESIA.