Detesto o termo "enteada", assim como "madrasta"... São vocábulos que jamais combinaram com meu jeito de ser.
Por isso, quando me refiro aos fedelhos de meu marido, Marcelo e Renata que considero como filhos de meu coração, tanto ele quanto ela... Diria até que são duas pérolas que se perderam de uma ostra grávida e pularam em minha vida, dando-lhe mais valor e brilho.
Meu filho, Leonardo, é agraciado por ter dois irmãos como eles.
Ainda me lembro de, em pequeno, quando alguém me recriminava pela decisão de haver parido apenas uma vez, dizendo que não era bom para o meu menino ser "filho único".
Meu Leo retrucava logo:
- "Mas eu não sou! Tenho um irmão e uma irmã..."
E ele tinha razão. Marcelo e Renata só não "habitaram o meu ventre". À parte isso, são para mim as extensões do pai, o maior presente colocado em meu caminho.
Mas essas reminiscências são apenas um preàmbulo para referir a um e-mail de Renata, atualmente "oficial de justiça" preparando-se para a magistratura no àmbito federal.
Ela tem tanto amor ao que faz, que decidiu interromper a carreira, onde recebe um razoável salário (dir-se-ia que na média brasileira ela é bem afortunada) para se dedicar, somente, ao curso de magistratura, para o qual foi aprovada e é um dos mais difíceis.
Em seu e-mail, Renata me diz:
"Tenho ido para o Rio na segunda-feira e voltado na terça.
Sei que não poderia fazer isso em outro tipo de trabalho, mas nem isso eu quero mais.
Estou exercendo o meu direito de "não querer fazer".
Tenho experimentado uma sensação de liberdade que nunca experimentei na vida.
Liberdade para realizar sonhos e só coisas positivas.
É maravilhoso amar e ser amada por alguém que nos dê apoio e incentivo.
Depois de Jesus Cristo, foi o Ernesto quem me libertou e me ensinou que a vida não precisa ser levada tão a sério e com tanta rigidez. Ainda estou aprendendo com ele.
Amo vocês!!! Beijos para todos.
Obrigada por você existir na vida do meu pai, na minha também e por ter me dado um irmãozinho (que está mais alto do que eu).
Renata."
ALGUÉM TEM DÚVIDA DE QUE PODEMOS APRENDER, E MUITO, COM OS MAIS JOVENS?
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