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Cronicas-->Memórias do ermo -- 12/12/2003 - 19:15 (Rodolfo Gregório) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Depois da confusão da noite viu-se algemado.
Não sabia bem ao certo com tudo tinha se passado, nem sabia também o que era tudo, mas foi aprisionado.
Ao invés de um cela normal, superlotada como usualmente ouvira falar, fora mandado para a solitária, o que o deixou ainda mais intrigado.
Qual teria sido seu delito?
No ermo que se encontrava começou a pensar o porquê de tudo que estava passando em sua vida.
Lembrou-se de quando era uma criança, com suas brincadeiras tolas; das escolas que frequentara, quantas aventuras e descobertas; viu-se no seio familiar, como sempre à parte de tudo; os seus amigos; os empregos, com todas as responsabilidades que assumira ;e claro suas aventuras amorosas, enfim tudo que se passara em sua vida até aquela noite.
Nada parecia justificar essa situção que se encontrava porém, nas horas que tudo parece dar errado é que geralmente descobrimos as soluções dos problemas.
Percebeu claramente que as algemas frias que sentiu sobre os pulsos não eram feitas de metal algum e sim dos seus sentimentos.
Era chegada a hora de acabar com essa revolta sentimental, mas como lutar contra si mesmo?
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