Ele me faz bem como uma canção na voz de Cazuza. E ao mesmo tempo em que peço a Deus que me deixe perto dele, peço que Deus me livre dele, tão artista e tão talentoso. E que nunca permita a mistura louca e inusitada entre mim e seus pincéis.
Porque o que nós não vivemos, eu pego o lápis e invento no papel, entre palavras e desejos. Então eu mudo os cenários, mudo os coadjuvantes e a história, mas nunca a nós mesmos. Ele e eu somos imutáveis e perfeitos, ainda que fora de alguns contextos. E pouco se precisa inventar quando se encontra poesia mais que suficiente no que se vive.
Inspiração. Um par de olhos expressivos, mãos sempre atraídas como ímãs em direção à s minhas, os lábios donos de carícias eternamente gentis. E de repente, mesmo que o mundo inteiro pare de fazer sentido, há ali uma inspiração que não se pode evitar. Então escrevo.