"Descobrindo Como Ler & Escrever"
KaKá Ueno...20 03 04.
tntarte@aol.com
Queria ter podido,
frequentar escolas,
para poder compreender,
os porquês,
de tanta diferença e indiferenças,
de tanta desigualdade...
Porque o pão não é repartido em partes iguais...
Porque muitos tem pouco,
e poucos tem demais...
Ou,
uma terça parte da quarta que nos satisfaz...
Não poderão criticar-me, se não sou compreensiva...
Coerente, ou amar esta gente...
Que muito poderiam fazer e não fazem.
Bem que podiam...
Em vez de doarem apenas os restos e os trapos,
daquilo que estão guardado e mofado,
a espera de alguém que nasça,
para se fartar.
Nas ruas podemos encontrar,
seres sujos,
porém alinhado,
com roupas caras que foram doadas...
Um pouco manchadas e amareladas,
de tanto que ficaram guardadas...
Agora,
transitam nas ruas,
em corpos pobres e amarrotados.
Os ventres dos desgraçados,
ainda parem os miseráveis,
para continuarem a saga,
manterem os votos...
E os empregos dos leigos.
Que certamente,
passaram por cima dos teus direitos.
Banharam-se nas águas do pó que um dia fomos nós,
e do corpo que os pertencera...
Do sorriso amarelado
guardaram recordações,
e das mãos os afagos...
Não querendo magoar o égo,
nem a sensibilidade,
dàqueles que por conta de si,
os fazem...
colocando mãos a obra,
não esperando,
por milagres que não caíram dos céus...
E solitários,
seguem suas obras...
Sem esperar nada em troca.
Das águas que banham à s encostas,
nas lamas que rolam às rochas,
e os pedregulhos,
entortando os pêndulos de bambus...
Há um vácuo no meu égo,
e os olhos não param de enxergarem,
à s décadas vão se modificado...
E os sonhos de mudar,
mantém-se lá...
Ideais que caem...
Verdade contrariada...
Os valores, o respeito e os direitos,
nas mentes atrofiadas dos indecentes.
Se eu tivesse podido frequentar alguma universidade,
poderia compreender melhor,
às mentalidade...
Se eu tivesse podido entrar para esta sociedade,
compreenderia melhor,
O porque de tanta maldade.
Hoje apenas colho,
o fruto das sementes que ontem foram plantadas.
Mas,
poderei colher também parte das tempestades,
dos grãos de areias semeadas ao vento.
Mas hoje,
quero apenas colher os frutos do amor que a mim foram negado.