Quanto mais se caminhava, mas se percebia a estranheza do terreno, do clima, das cores. Houve um momento em que pensei em sonho, mas quanto mais andava, mas percebia tratar-se de realidade - estranha, espetaculosa e absurdamente impapálvel, tudo aquilo que não deciframos de imediato nos assusta, nos incomoda, é claro,
Tentei decifrar cada enigma, mas senti que isso só seria possível a partir de meus devaneios; não havia tragédia ali, se eu não quisesse; não havia tranquilidade se eu não quisesse também; tudo fluía a partir de mim. De ti, de mim...
... mas eu não queria imaginar, apenas as coisas todas, queria entende-las. Por mais que eu andasse por aqueles espaços, as imagens se multiplicavam; decidida pela parada repentina, dura, seca, parar dentro de mim - me ouvir, sentir. Ai surge o primeiro som. É harmonioso descrevendo paz, cores varias, saídas, respostas. Seguindo-se um som-ruido estranho, quase da boca do dragão, o das fábulas; os sons se multiplicaram e eu parada lívida, olhos abertos, ouvidos recheados, pronta para sentir o que viesse. O redemoinho espetaculoso, eniguimático. Embora eu entendo que não é sonho, e sim que é vida cósmicamente vivida eu e você...
Os espaços preenchidos pela consciência das respostas a tudo; os devaneios citados, povoados de respostas; enfim na corrida da vida, urbana e implacável, cada vez mas eu sinto que os raciocínios não estão mais abalados por questões outras.
Sinto que tudo se encaminha para definições claras a tantas ansiedades; quem sabe ao sonho, a parada o entender, não fosse a resposta .
... Todo dia você passará por entre meus sonhos e vidas e me invadira com luz, vontade, coragem. Ainda estou tentado definir esse amor cósmico; sabendo ser bom, ser forte...