A Margarida sempre aparecia para visitar meu pai, seu tio e padrinho. Como ele ficava feliz! E era uma "rasgação de seda" que dava gosto ver!
Um dia, "desapareceu a margarida". Quando chegou a notícia de seu falecimento, meu pai queria muito ir ao velório da sobrinha, mas não aparecia nenhum filho para levá-lo e enterro não espera. Na última hora aparece o Inácio - o caçula - que se prontificou imediatamente em correr contra o tempo e tentar encontrar ainda com os parentes e dar a última despedida à Margarida.
Chegando ao local do velório, não havia mais ninguém. Dirigiram-se para o cemitério. No portão, viram alguns conhecidos que já estavam de saída. Andaram rapidamente na direção onde havia algumas pessoas e o coveiro se preparando para descer o caixão à cova. Meu irmão pediu licença à s pessoas e solicitou ao coveiro que abrisse a urna, porque meu pai queria despedir-se da sobrinha. As pessoas olharam para meu irmão, mas não contestaram. Pacientemente a urna foi aberta e meu pai agachou-se e chegou bem perto do corpo ali depositado. Como meu irmão não gostava de olhar defunto, virou-se para outro lado. Ele só escutou meu pai exclamar, no maior espanto: DE BIGODE!
Inácio, mais que depressa, levantou meu pai e os dois saíram rapidamente do local .