Nada de panteão da pátria, de nomes famosos que ocuparam as manchetes dos jornais, os noticiários das TVs, os necrológios, as odes, as sagas, os romances, os poemas,as aulas, as conferências, as discussões mais acaloradas.
Hoje vou falar daquela legião de pessoas humildes, gente simples, camisa rasgada, pé no chão, pele curtida pelo sol nordestino, palavra estropiada, leitura zero, mas com a sabedoria equilibrada na ponta da lingua, verdade residente em todas as afirmativas, sem truques, sem malícia, sem atavios.
Falo dos Areolinos, dos Rauls, dos Juracis, dos Mundicos, personagens que jamais foram muito longe do lugar onde nasceram e, no entanto, conhecem muito da alma humana, dizem na cara do freguês o que precisa ser dito, quando as outras, por convenção, medo ou simplesmente por covardia, preferem esconder a verdade...
Foi preciso conversar um pouco com meu filho mais velho e enxergar esta realidade...
Deixem passar, por favor, o bloco dos desconhecidos...eles são importantes na moldura estreita de suas vidas simples...eles são gente, gente humilde, é verdade, mas, como diria o poeta: que vontade de chorar!