Assim,apenas com a presença de um dos nossos netos, transcorreu calmo o dia das crianças. Lógico, compramos um presente para o Ronald Neto, que ele adorou, pois é uma motocicleta de fricção, que ele fez correr, com a ajuda do Dadá, por horas a fio.
No fim da tarde, depois de muitas tentativas, conseguimos falar com a Luiza e com o Rodinho, que estão numa praia distante.
O dia passou e só recebemos duas ligações: do meu pai, que aos 92 anos estava ansioso para entregar uns presentinhos que comprou para os bisnetos, e do filho caçula que, lá dos Estados Unidos disse que não conseguiu comprar pela internet os presentes que imaginou para os sobrinhos.
Claro, minha mulher e eu fomos à igreja do Menino Jesus de Praga para assistir à missa neste dia consagrado, também, à Nossa Senhora Aparecida, a padroeira do nosso Brasil.
Um dia calmo destinado a reflexões.
Enquanto o netinho dormia serenamente, eu pensava noa meandros da convivência humana, como somos cheios de melindres, dificultando sobremaneira a vida cotidiana.
É, sem dúvida, uma das mais difíceis a arte da convivência. É como andar sobre ovos, qualquer passo em falso e você quebra tudo e é aquela sujeira...
Outro elemento que torna tormentosa a convivência é o nosso orgulho: ninguém quer passar por tolo, ninguém quer dar o braço a torcer...e a vida escorre rapidamente numa sucesso de minutos e horas que nunca voltarão, foram inteiramente perdidos..e o amor, onde fica?
O amor, suplantado pelos outros sentimentos inferiores, termina jogado pelos cantos.
E, como na canção popular: "morremos um pouquinho mais".