O Silencio do homem
Que calado peleja nas madrugadas
O caminhar de lisos chinelos
Das empoeiradas e longas estradas...
Caminho,caminho e caminho...
Sorrindo dos sisudos
Que acreditou e a fé calejou,
Vendo passar o novo no seu sonhar
O atropelar do puro pensar,
Em pleno calor das Azalagoas rasas e escaldantes,
Os fios branquinhos dos graus do norte polar apilado.
Mascara velha das rugas,
Natural do acreditar,
Que o acelerar do vencer e vencer
Escultura a cara do ser...
Sí...sí...sí...Somente...Sol,
Pudesse girar e girar
Magicamente na sábia margem,
do girador, ao nascer...
Serra,serra,serra pau,
Serrando as ardidas e queimadas costas,
Serrando e serrando madeiras
Pra nosso senhor...
Bate palmas,bate palmas,
Pra quem do altar star!
No calor desmatado verde,
A fedentina pobre sorrir,
A adormecida dor...
Rosas e mais rosas...
Fogos dos tei,tei dos diabos poderes,
Caím,caím nas cores de cão dos infernos,
Melando com a doente esquerda,
A alegria dos curumins caetés,
Que na parede assusta o escuro poder,
Irracionalmente sentir,
Ver o momento na pragmática política,
Esquecendo o todo das artes,
Que os poetas universalmente choram
O desfile da agonia nua,
Pintado nos quadros de,
Quarenta e cinco infernal.
A sadia polarização das primitivas cores,
Que deus menino de bom deixou,
Do virar do tico-tico...
Do virar sabiá...
Virando o azul ou encarnado...
De cangaia pro ar.
Que as Katingas do hoje,
Atráz das cortinas dos marechais...
Mudam a estória do futuro sertão,
Doze espingarda de longos canos
E quarenta era o verdadeiro cuscuz com leite,
Que não Katingava a capital
E Dom salgadinho criava peixinhos,
As margens da passada avenida
Dos mares do ontem.
Acorda Maria Bonita...
Acorda pra fazer café...
O dia já vem raiando...
E o Coroné já tá de pé,
João fogueteiro não é mais o rei das crianças...
Dar doí...
Chorar faz pena...
Por isso...
Que não dou na minha morena.
Marcos Alexandre Martins Palmeira
Alagoas das eternas e curtidas madrugadas,
de outubro de 2004.