Nos últimos três dias recebi três telefonemas de pessoas amigas - todas elas, que não se conhecem nem sabem da existência umas das outras - todas elas com o mesmo tema: angústia.
Estão angustiadas por uma série de problemas que desabou sobre suas vidas, desde corte de emprego a problemas com a lei a complicações no amor. Como se eu não tivesse problemas também - não há muito tempo eu também precisei de alguém que me escutasse com meus problemas, e aí escrevi uma msg para um amigo que vive longe... - enfim, escutei a todas as confissões com atenção. Mas o que eu gostaria mesmo seria poder ajudar, com pelo menos uma esperança de solução. Mas ... sou tão inepta para isto. Tão sem idéia... Não sei o que fazer, além de ouvir, para ajudar as pessoas angustiadas.
O que eu acho é que a vida é uma série de problemas (descobri a pólvora, parece!). E é mesmo - tudo o mais são rasgões aqui e ali, umas aberturas, pequenos espaços de alegria uns, outros de esperança (o que traz algum alívio) e, talvez, até um pedaço de felicidade. Passadas estas áreas - espaçadas e breves - tudo volta como antes: problemas, problemas, problemas.
Quem não os tem? Todos nós os temos, em variados graus ou em porções diferentes. Daí, qual é o meu ponto - se estivesse escrevendo em inglês, what is your point? - meu ponto é que devemos nos manter calmos enquanto perdurarem os problemas. Dentro deste ambiente forçosamente calmo (porque a calmaria não vem por si só), procurar uma ou outra alternativa, na pesquisa por uma solução.
E, se dentro disto tudo, nenhuma solução há de aparecer, será então a vez de lembrar que há remédio para tudo e o que não tem remédio, remediado está.
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E.E.