Usina de Letras
Usina de Letras
389 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 62846 )
Cartas ( 21345)
Contos (13290)
Cordel (10349)
Crônicas (22569)
Discursos (3245)
Ensaios - (10544)
Erótico (13586)
Frases (51241)
Humor (20120)
Infantil (5546)
Infanto Juvenil (4876)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1380)
Poesias (141110)
Redação (3343)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2440)
Textos Jurídicos (1965)
Textos Religiosos/Sermões (6308)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cronicas-->Veranico -- 24/02/2005 - 01:31 (Maria Tamar T Albuquerque) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Era um típico final de tarde de verão!
Pessoas se espalhavam pelas varandas, a aproveitar a brisa leve que chegava prenunciando a noite; crianças corriam pelos gramados, lotavam as calçadas em uma azáfama despretensiosa.
Subitamente o vento invadiu a cidade, despenteando os longos cabelos da moça que subia a rua, espalhando os papéis nos quais, atencioso, o rapaz anotava pensamentos, sacudindo a saia da criança no balanço... As pessoas correram procurando abrigo, as luzes do café se acenderam e lá fora o sol escondeu-se entre espessas nuvens. Ficou escuro enquanto uma forte chuva lavava as ruas e tamborilava nos telhados uma ópera de Verdi.
Os relógios pararam os ponteiros, como se o tempo houvesse sido suspenso, enquanto um clima de magia enchia o ar. Dizer-se-ia que todos eram novamente crianças à espera de que chegasse a sempre tão distante hora de abrir os presentes de Natal.
Assim, tão de súbito como chegou, o vento partiu, a chuva cessou e as pessoas voltaram às sacadas. O poeta arrumou sua farta cabeleira branca, passando a mão pela barba espessa e longa como se tivesse nos dedos pentes encantados; os frequentadores do café às varandas; a moça sentou-se no pátio, sacou um cigarro e tirou uma longa espiral de fumaça; as crianças voltaram às calçadas e os relógios à sua normalidade.
As luzes se apagaram enquanto lá fora o sol voltou a brilhar como se já não fosse hora de ser noite. Tudo voltou ao local onde se havia interrompido e a vida... Bem, a vida voltou ao seu curso, impassível como uma criança dormindo!
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui