Quando éramos crianças, meu irmão e eu brincávamos com, e à s vezes brigávamos pela fúrcula, aquele ossinho da sorte das galinhas em forma de Y. Antes do almoço a briga era pelas duas coxas. Porém, éramos três irmãos. Minha irmã sempre perdia, coitada. No entanto, assim como um glutão que ao fazer seu pedido em um restaurante logo se arrepende ao ver o pedido da mesa ao lado, ( geralmente mais cheiroso, colorido e de melhor aparência ), ao vermos o ossinho sendo encostado em um prato entrávamos em alvoroço.
Você acredita em sorte? Eu não. Pelo menos a mim ela ainda não foi apresentada. E pela minha avançada idade que nem mesmo carbono 14 descobre, creio que ela não esteja muito a fim de me conhecer.
E não é que o Y entrou em minha vida novamente no auge da minha senilidade? Resta saber se era uma brincadeira. Resta saber se a sorte existe. A verdade está lá fora...
Bem, tarde demais. Não mais importa...