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Cronicas-->ULTIMO DESEJO -- 23/07/2005 - 11:15 (thiago schneider herrera) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Desejei-te como a ninguém. Desejei teu corpo e suas curvas que perfeitas feito luvas são e talvez sempre serão para minhas mãos. Seu corpo, que nessas madrugadas frias que ultimamente anda fazendo corta minh´alma feito navalha através de minhas vastas lembranças de amante em êxtase. Desejei-te eternamente minha, comigo, ao meu lado. Todos diziam que éramos perfeitos um pr´outro que acabei desejando a perfeição. A tinha quase o tempo todo. Tudo em mim se resumia á meus desejos para com você, que sem querer me elevou ao grau máximo dos sentidos e da sensação de não humano que tomava conta de minha mente depois daquelas madrugadas em que de todas as posições e àngulos brincavas com meu coração. Desejei a beleza de seu corpo conectado ao meu pelo fio invisível da transcendência.

Desejei fazer parte de sua família tanto quanto você fazia parte da minha. Menina, e acima de tudo desejei nossa família. Desejei casar contigo, filhos, cães de estimação e portão eletrónico, em que faria assim de mim o mais feliz dos seres que acredito hoje serem infinitamente patéticos. Mas se contigo eu me tornasse um patético marido exemplar que almoça na hora do almoço e repara quando cortas o cabelo numa tentativa de agradar a eterna amada eu assim o faria. Sonhos, quantos sonhos tive com nossa família alegre e feliz em que tudo funciona como se deve funcionar e as coisas são como devam ser. Desejei contigo filhos, dizíamos 2, um casal e até nomes tinham. Eu brincava dizendo que seria ciumento com ela não a deixando sair de casa a noite e que levaria ele pra estádios de futebol, e você ficava brava dizendo que enquanto estávamos no estádio vocês iriam pro forró só pra eu fingir ciúmes e fingir-me de bravo também. Desejei seu sorriso, seu olhar, todas suas brincadeiras e tudo, tudo o que infinitamente mais poderíamos descobrir um noutro. Ah se você soubesse que estávamos apenas começando...

Desejei seus mistérios, seus problemas, sua amizade. Desejei-te como mulher, como amiga, como cúmplice de nossos crimes de amor. Desejei-te de pé e também no chão depois de tombos que inevitavelmente e felizmente fazem parte da vida. Desejei cair contigo, não somente embriagados, pra juntos levantarmos apoiando um noutro como deva ser a subida de um casal que se ama pra fortalecer inda mais o tal do amor indestrutível que também desejei pra gente, por ter total certeza de que o possuía em cada fresta de mim mesmo. Desejei estar perto mesmo silenciosamente distante, porque tudo em mim é algo razoavelmente complexo e extremamente emocional. Por ti tudo era sufocantemente belo e sublime. Calei-me por incompetência em dizer-te que te desejei mais que a própria vida que necessitava pra vivenciar meu próprio amor transcendental que não desejei em tê-lo, apenas possuía o maior amor do mundo. Era todo e incondicionalmente para ti.

Quantas vezes me entreguei a ti pedindo-te em casamento no banheiro submerso num amor que tonteia pelo sangue que escorria dos dedos. Quantas vezes chorei distante de saudade, amor e felicidade. Quantas vezes desejei que você estivesse ali do meu lado, recebendo de mim, de forma tortuosa e nada racional, como são essas coisas comigo, todo sentimento que possuía por você, menina que desejei tudo, até o que eu nunca poderia te dar.

Mas hoje, depois de tanto e de tudo minhas forças se esvaíram. Minhas mãos que eram o instrumento pra construir contigo nossa fortaleza se fecham tesas. Desejei telefonemas, e-mails, mensagens e só recebi o que nunca desejaria, silêncio! Você me deixou, e levou contigo todos meus sonhos, meus desejos, todo meu eu que era só seu e que é nada mais que simplesmente tudo. Esforçando-me encontro escondido dentro do meu peito vazio, oco e fundo mais um desejo, talvez o mais simples, humilde e bobo desejo que este ser antes completamente enamorado possa sentir por sua ex-musa. Meu desejo de hoje é um sincero e cordial Feliz Aniversário, pra você menina que possuía de mim tudo e todos meus desejos imensuráveis que nunca conseguirei retratá-los em sua totalidade inda mais através de uma incompetente crónica de saudade!



T.S.H.
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