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Cronicas-->Elocubrações decorrentes de um velório -- 26/07/2005 - 16:36 (José Ronald Cavalcante Soares) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Semblantes tensos, nervosos, cansados, sonolentos.
No centro, mãos cruzadas sobre o peito, sem puder ouvir com ouvidos humanos os comentários, a morta aguardava o dia amanhecer para o sepultamento.
Voara no início da noite, deixando a gaiola aprisionadora desta vida. Vida que passara em prolongada ausência das mudanices, das conversas inteligentes, das coisas conectadas.
Cada um imaginava em reais quanto vai herdar. Um tem olhos de coruja, outro tem mãos de gavião...E o velório, comboio silente de tristeza, avança lentamente no rumo do amanhecer.
E vem a missa, as pavras de conforto do padre especialista em encomenda de corpos...Ninguém escuta aquela voz, pois os olhos estão anidros, enxutos, apenas, a velha companheira que tanto se dedicou(embora paga para tal) marejou os olhos avermelhados...A morta, literalmente, descansou da lida da vida. Será uma santa? Poderá existir uma santa alienada?
E eu fico relembrando o poeta: "um longo dia sem sol"...E parece que vejo a morta, menina ainda, cabelos ao vento, brincando com as irmãs, inocente, sem poder advinhar o destino cruel que a aguardava...pobre menina rica!
Mas, não há vidas em vão. Uns nascem para sofrer, para se purificar...São pensamentos que me acodem no velório...são idéias que sufocam minha alma entrestecida e, por um breve momento, descrente na bondade dos homens: Le roi est mort, vive le rois. Afinal, lá vem a o sol quebrando a barra do dia...E o espetáculo da vida tem que continuar!
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