vou buscar o mensalão,
com caldo,
rabo e cara no chão...
tendo por consequência,
a barriga vazia,
e uns grãos,
no fundo do caldeirão.
Quem espera sempre alcança,
acho que perdi o meu...
Juntando o meio do quase nada,
transformei-o em coisa alguma.
Perambulando por ideais,
buscando o peso e medidas...
Com a cara e a coroa,
virada para o mesmo lado...
percebi que há mascara,
uma dura e a outra bichada...
Havendo um bicho de pé,
e um outro deitado.
Cruzado Cruzeiro e Real,
camuflados na sociedade...
E um dólar que quase não serve para nada...
Severino,
diz que não sai,
não vai deixar o poder...
Quem manda lá é ele,
finca o pé e não arreda,
quem paga seu salário,
somos nós,
os filhos de uma égua.
Maluff tinha certeza,
que seria libertado,
e pagou o preço da impunidade...
Pensou que nunca chegaria,
o dia dessa verdade...
Com um sorriso amarelo,
e o semblante trancado,
achou que fosse ser tratado,
como uma celebridade.
Seu filho que nascera,
deitado no ouro dos outros,
gargalhava da miséria,
da fome que os demais passara...
Parecia um demente,
perante os policiais,
surpreso ele ficou.
Justiça seja feita,
para quem de nós debochou.