Bem, eu poderia dizer que isso é um monólogo, mas bem sei que ninguém fala sozinho. Sem alguém por si, nem as pedras do caminho. Mas eu só sei falar disso, defeito genético, um nó esotérico, um ataque endotérmico na conexão da alma com o arquétipo, fazendo com que, meu coração, deslize em paixão, e o meu espírito, de modo ilícito, faça de conta, que a existência realmente é de fazer de conta, quando se atreve a brincar, um pouco além da imaginação. Assimilando delírios no suplício explicito de cada alvorecer. Uma coisa descabida porque a noite sempre sorri, quando se sente rasgada pelo amanhecer. Mas, eu só sei falar de amor. Nos dias de solidão ou nos dias de ingratidão. Eu só sei falar, de amor. No dia no qual te encontrei, No momento no qual te beijei e então, no mais alto nível de excitação, fiz o inimaginável! Mergulhei em espírito no abismo dos teus olhos, sentindo a vertigem dos teus desejos, o frescor em êxtase de tantos segredos. E por último fiz-me de suor, só para apossar-me de ti por inteiro. Porque no teu corpo, fiz questão de me perder e quando sair, levarei tua essência, para poder continuar falando de amor. Até o dia, no qual o universo dobrar e por uma lágrima todo amor permitir-se ter um fim.