Não se surpreenda com a minha fala... ela, apenas, anuncia o caminhar embaçado dos olhos que sempre choram a sua ausência e a sua preferência por não ter feito opção por mim!
Não se amargure pelas culpas... elas não podem existir!
Amamos e é isto que importa!
O sentido que ocupa lugar neste momento desdenha da nossa imaturidade, da nossa falta de senso quando tudo podíamos fazer e nada fizemos!
Fugimos de uma realidade para cairmos na omissão da vida pretendida!
O tempo passou!
Pudemos auferir das tentativas acometidas pelos insucessos, somente, resultados infelizes!
Não sei quanto tempo discorrerá para revelar, ainda, tantas torturas, tantas dores, tanto silêncio!
Não me cansei porque estou aqui a gritar seu nome em uníssono com a lua que brilha e escreve esculpindo seu mundo no meu peito contornando a grafia antiga de quase três decadas de solidão!