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Cronicas-->O mito de Cristina Guedes... -- 23/10/2005 - 17:23 (Alkiria Xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O Livro de Cristina Guedes




Tendo como personagem central a mineira Ritinha, a escritora Cristina Guedes parte das criações de cartas entre ela e sua turismóloga criatura. Ritinha passa a descrever para a autora as situações do seu cotidiano "mineirológico" e começa a enxergar a realidade por um prisma fabular. É no caminho de um diálogo humorado entre autora e personagem, que as duas fogem dos modelos tradicionais das narrativas, Cristina Guedes repropõe suas Cronicas como uma espécie de morais da história da vida prosaica de Ritinha. Só que dessa vez é Ritinha quem dita as regras de suas aventuras pelo universo da autora. E em vez de confortar-se como mera personagem central, ela instiga o leitor, atordoa, faz rir, faz pensar. Leva ao filosofar dessas maçãs.
Por que será que Cristina Guedes
adota a metáfora das maçãs no seu texto?
A maçã tem metade feminina e metade masculina?
Feroz ou gentil? Servil ou anarquista? Crente ou mística? Exata ou humana? Vento ou terra, água ou fogo, touro ou escorpião? Viu as maçãs? Na sua casa ou na minha? Diz a autora: "Não sou aquela e nem a outra, sou aquela que sou, e sou o que quero ser quando escrevo sobre Quando Riem as Maçãs."
Sobre o mito da maçã
A mesma ambivalência se encontra na mitologia grega. As maçãs do jardim das Hespérides são símbolos de amor e de concórdia. Não importa que Heracles as subtraia: elas terminam voltando ao jardim dos deuses. São os verdadeiros frutos do amor, pois que Gaia, a terra, os ofereceu a Zeus e a Hera como representante de casamento. Mas o "pomo" da discórdia (maçã de ouro, que está na origem da guerra de Tróia) é símbolo de força.
Ainda na mitologia grega, as duas faces do símbolo da maçã, se aproximam do mito de Atalanta (borboleta comum da Europa), a Diana grega. Virgem agressiva: enquanto ela corre na sua aposta com Hipómenes - que tem a intenção de matar, em seguida, como fez com todos os seus outros pretendentes - cede ao irresistível desejo nela despertado pelas maçãs de ouro que o rapaz lança por terra, à frente dela. É vencida. Então, trai seus votos - mas por essa traição conhece o amor.
Cada cultura traz sua própria interpretação para um símbolo ou mito. Eles podem ter valor simbólico ou apenas um atrativo visual, influenciado por sensações. Mitos e histórias convivem sempre com a humanidade.
Sobre as maçãs
"Pus-me, então, a aprofundar acerca de tudo que se referia ao mito. Sem intermediários entre o sensciente e o transcendente, descobri que esse livro tem areia fina como quarks. Dez mil gerações de sábios pensaram sobre maçãs e seus mitos, e mais dez mil ainda pensarão antes de desvendar a sua origem ou destino. Só sei que cada semente só profetiza um evento, e nela está determinada a imortalidade inevitável de cada um de nós. É a maçã da Causalidade ou da Relatividade? Bem, se for que ela se vista por mentes fortes e sadias e traga a mensagem dos tempos de opulência, mas que seja vista também como um grande diálogo da vivência pessoal. Apesar da longa trama de argumentações sobre o mito da criação, essa metáfora da "maçã" me permitiu ver a impressão de pessoas que sabiam, por ouvir dizer, que houve "maçãs", embora nunca as tivessem visto; e mesmo assim tentavam demonstrar por meio lógico que essas deveriam existir tais como são."
Sobre a maçã mordida
"Claro, são muitos os que preferiam não tê-la mordido, e viveriam felizes no jardim de infància por toda a eternidade. Mas não nós; não, nós precisamos da Maçã que é → Felicidade, Vontade e Poder. Nós não "sucumbimos" às "tentações", nós as queremos, nós as tomamos com paixão e desejo como se toma a uma fonte de vida. Existe apenas o poder da felicidade no homem, poder para satisfazer a vontade de ser feliz. Compartilhemos maçãs alegremente."
E sobre O Livro
Uma experiência da humanidade está nesse livro; através dele, apertamos as mãos de homens e mulheres do passado remoto, e acenamos para os que virão depois de nós. Quem sabe o nome deste livro? Na sua capa não está misteriosamente escrito Arte, Cultura ou Ciência; na sua contracapa se vê o segredo que se desvenda pelo rir ainda maior. A orelha diz "somos felizes". Pois sim, não há segredo que ele não desvende.
Você não vai esperar a próxima estação de maçãs
Então, adquira logo esse QUANDO RIEM AS MAÇÃS
Por António de Pádua Rique
Agente & Marketing Editorial
(83) 8814 - 0909 ou (83) 3229 - 0110, e-mail paduarique@hotmail.com
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