Depois de muitos dias de debates, de informação e propaganda a respeito da proibição ou não da comercialização de armas de fogo no Brasil, enfim, chegou o domingo do referendo, que por sinal já está quase terminando. E venceu o NÃO!
Pois é, ao que parece o tiro saiu pela culatra e agora que já foi bastante provado que a insegurança grassa no país, cada um vai comprar uma arma e vai ser cada um por si e Deus por todos!
Sinceramente, não entendi até agora o motivo da votação. Eu entenderia uma votação para aumento das verbas para a segurança pública, para a saúde, para a educação, para a moradia popular, para o saneamento básico. Se bem que, se estou lembrada, já elegemos alguém para votar em nosso nome. Se bem que, parece-me que eles esqueceram para que foram eleitos.
Noutro dia me contaram uma história que ocorreu numa escola de educação infantil. Pois então, a diretora, cheia de boas intenções, mandou recolher todas as armas de brinquedos das crianças. No dia seguinte, apareceu um aluno com um revolver de madeira, que ele mesmo havia feito. A diretora, indignada, mandou recolher a "arma". O menino não teve dúvidas: apontou dois dedos para ela e gritou: eu te mato! Quando eu contava esta história para um grupo, me contaram esta: A mãe muito preocupada que o seu filho pudesse tornar-se violento por ter uma arma de brinquedo, tirou a arma da criança e jogou no lixo. Depois disto, ela percebeu que o menino a olhava fixamente, de uma maneira diferente, como ela nunca percebera antes. Então perguntou a ele: Por quê você está me olhando assim? E ele respondeu: estou te matando com a minha arma invisível!
Como diriam a Chiquinha e o Chaves, pois é, pois é,...
A agressividade é inerente ao ser humano. Basta ele sentir-se ameaçado para reagir.É o instinto de sobrevivência. A reação, contudo, vai depender do estímulo a que esta pessoa esteve submetida. E não será preciso uma arma de fogo para matar. Poderá ser uma arma branca, uma pedra, um pedaço de pau, as próprias mãos, um olhar...