Em busca do tempo perdido
É muito difícil para as pessoas, diria quase insuportável admitir que estavam erradas, que as suas crenças foram equivocadas, que a confiança que depositaram em algo ou em alguém foi decaída, que os seus movimentos foram tortos, que os seus investimentos de tempo e emocional nas causas em que acreditavam na verdade as levaram para uma rua sem saída, que navegaram em barcas furadas e hoje são naufragas numa ilha deserta.
Quando o papo é reto e não temos para onde fugir ou argumentar acabamos sempre colocando a culpa nos outros, querer defender o indefensável revela nos bastidores desse pensamento uma ànsia de negar o próprio fracasso, da terrível incompetência de lhe dar com os próprios erros, da inaptidão de pensar sobre si mesmo, da incapacidade de fazer uma autocrítica eficaz ...isso é a confirmação de que votou mal , que escolheu errado e que pensou equivocadamente sobre o que julgava ser certo.
Morremos para o falso para renascer no verdadeiro , o manto da mentira cobre a nudez da verdade e esta estando nua muitos tem vergonha de olhar ou mostrá-la, talvez por achá-la pornográfica demais.
Vivemos sempre na espera , no treino , no ensaio de acontecimentos( o presente que sempre foge, ou é passado ou é futuro) e por outro lado estamos sempre em busca do tempo que julgamos ter perdido, correndo atrás das miragens no deserto...não há nunca tempo perdido.
Meus vagos aforismos estão sempre versando sobre a falta de sensibilidade do ser humano, não há nada mais assustador do que a ignorància, a mediocridade e a falta de sensibilidade, nem a perspectiva de que posso morrer a qualquer instante, nem a constatação que na vida a gente erra muito mais do que acerta e nem a certeza de que quase ninguém se importa com as coisas que eu me importo
No mais estou indo embora....
Andre Luis Aquino
http://andre.aquino12.blog.uol.com.br/
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