Por trás do catavento, lá onde se podia ver uma nesga de mar, naquele céu cinzento de após chuva, apareceu risonho um arco-iris. Bem ao lado, no jardim que você cultiva com tanto carinho, a rosa rubra, ainda porejando as gotas da última neblina, mandava um aceno perfumado para o ar.
E, o grande olhar apagado do farol, parecia um cego a espreitar, sem enxergar, a paisagem marinha.
No leito branco da praia, as jangadas exaustas da labuta da pesca, pareciam dormitar.
O coqueiral balançava levemente ao compasso da brisa e os cajueiros floridos prometiam uma grande safra para breve.
E eu fiquei longo tempo contemplando aquilo tudo, tão belo e que eu guardei na minha memória para relembrar aqui nestas manhãs do planalto.