Eu não queria ser o Parreira hoje nem principalmente na Copa do Mundo. Um técnico ter que decidir entre Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Adriano, Kaká e Robinho nem se ele tivesse feito estágio com o Rei Salomão iria facilitar a vida dele.
Mas se hoje, e também na Copa do Mundo, eu fosse o Robinho eu pediria para o Parreira me deixar no banco. Sim, pediria mesmo.
Porque apesar de todo talento que tem o Robinho, esta será a primeira Copa dele, e muitos grandes jogadores esquentaram o banco em suas primeiras Copas para depois virem com tudo em outras.
Ronaldo passou a Copa de 94 inteira no banco. Em 2002 Ronaldinho Gaúcho não jogou todas as partidas e o Kaká jogou apenas uma partida e nem foram os 90 minutos. E hoje eles estão aí, mais absolutos que nunca em suas posições.
Outro bom motivo para isso é que Robinho ainda tem muitas Copas do Mundo para brilhar e ser o melhor jogador. Então ele não precisa correr nenhum risco agora, e pode aproveitar para adquirir toda a experiência necessária para carregar uma amarelinha nas costas e ainda ficar de bem com todo mundo.
Para provar que não estaria fazendo isso por medo e sim para harmonizar, deixaria bem claro que estaria sempre pronto para entrar no segundo tempo de algum jogo que o Brasil precisasse de alguém no ataque para definir o jogo. Pronto, não deixaria nenhuma dúvida e ainda correria o risco de sair como herói.
Este é um assunto que ainda vai render muita conversa. Em bares, restaurantes, padarias, escritórios, redações etc. Ainda mais num país com 170 milhões de técnicos de futebol.
Mas o principal é que nenhum outro time da Copa pode dizer de boca cheia como o Brasil que está levando uma SELEÇÃO pra Alemanha. E além disso, uma paixão enorme por esse esporte que já foi capaz até de dar uma pausa em uma guerra.
Não sei se Robinho vai pro banco, se Robinho vai pro campo, o que sei é que nossa parte nós faremos. Vamos ficar aqui torcendo muito para em 2010 entrar com 17 estrelas nos gramados. Uma no gol, dez na linha e seis na camisa.