Daqueles dias de chuva
quando você contava historinhas de terror?
Nós morríamos de medo, mas não queríamos que parasse.
Pois sua presença gigante afastava os monstros e os fantasmas da casa...
Ah! Como era bom comer as pipocas depois dos sustos!
E a sua braveza, pai querido?!
Sim... Aquela "cara-feia" disfarçada, sempre, por um sorriso oculto no canto da boca... Lembra, paizinho?
E a dor-de-barriga?
Seu chá de erva-doce, que nunca era doce, pois você nem açúcar botava, né?
Mas, a dor passava como que por encanto. Acho que era o seu olhar AZUL cheio de ternura...
É isso, meu amado...
Hoje, tenho a erva-doce... Mas... FALTA VOCÊ!
Quem de vocês não tem gratas lembranças da infància?
Evidente que tem... E muitas.
Esta noite sonhei com papai. como seus olhos azuis estavam brilhantes! E o sorriso me dizia:
- FILHA... QUE SAUDADE!
Por isso fiz questão de trazê-lo aqui...
Em minha mão está o anel
que ele usava no dedo mindinho...