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Cronicas-->O cisne -- 08/04/2006 - 19:00 (José Ronald Cavalcante Soares) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Começou o discurso vacilando nas palavras, com a voz trêmula, sumida. Estava irreconhecível, pois todos sabiam dos seus dotes inegáveis de oratória.
Ouviram-se alguns apupos. Os olhos semicerrados abriram-se como se estivesse acordando de um longo torpor. A voz adquiriu um timbre iinconfundível: era a sua voz real, a sua impostação que o tornara famoso. A palavra ardeu, a frase veio fácil, a linguagem escorreita, segura, objetiva, sem perder o tom poético que marcava as suas intervenções orais nos grandes auditórios. E falou, e falou como nunca havia falado. A platéia, maravilhada, não se movia, não tirava os olkhos do palco onde aquele homem alto e magro, gesticulando e falando, cativava a todos com a sua voz e os seus profundos conhecimentos.
Os aplausos foram demorados. Todos se ergueram batendo palmas, reverenciando o grande orador. Mas, diferentemente das outras vezes,ele não ficoiu no palco para agradecer. Saiu rapidamente dali. Indignara-se com os apupos. A raiva que irrompera, na realidade, retirara-o do marasmo, mas consumira as suas energias.
Não quis falar com ninguém. Retirou-se sozinho para sua residência modesta. No outro dia, batendo à porta sem obter resposta, o criado resolveu arrombar a porta. Encontrou-o deitado, frio, fora do mundo. Morrera durante a madrugada. O discurso prolongada fora o seu canto do cisne.
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