Os astros, assim como nós mortais, nascem, crescem e morrem. Não é uma realidade espantosa?
A gente olha demoradamente o brilho das estrelas, umas brancas, outra amareladas, azuladas, avermelhadas e, de repente, alguma delas pode estar vivendo seus últimos momentos.
E as estrelas cadentes, o mergulho que fazem na escuridão do infinito.
Os cometas erradios, deixando um traço luminoso no firmamento noturno.
Há tanta coisa comum entre nós e os astros. Embora sejamos pequenos, há um destino semelhante em nossas trajetórias. Vivemos também em órbitas, mantidas em equilíbrio pelo mundo do direito, cujas normas procuram evitar interpenetração, invasões, desbalanceamentos capazes de perturbar a harmonia da sociedade. Outras pessoas, imitando os satélites, não possuem luz própria, não vivem sem a sombra de um astro maior que os escraviza, os arrasta a uma vida acessória, inexpressiva, parisitária.
Mas, tudo é obra de Deus. Tudo tem sua razão, sua história, seus momentos de grandeza, sua luz, sua noite, seu dia, sua vida, grande ou pequena, dependendo de quem a contemple, dependendo do prisma que se utiliza para admirar.